Olá, pessoal! Como vocês estão? Hoje quero falar sobre um tema que, confesso, tem me deixado bastante entusiasmado e que vejo como um grande passo para a nossa querida Terapia Ocupacional.
Sabem, sempre acreditei no poder de transformação da nossa profissão, mas ultimamente tenho acompanhado de perto como os terapeutas ocupacionais estão cada vez mais se inserindo nos ensaios clínicos, e isso é simplesmente revolucionário!
É a chance de levarmos a nossa experiência prática e o nosso olhar único para a pesquisa de ponta, contribuindo para o desenvolvimento de novas intervenções que realmente fazem a diferença na vida das pessoas.
Imaginar que nossa expertise no dia a dia com os pacientes pode moldar o futuro de tratamentos e tecnologias me enche de orgulho e esperança. É uma área de crescimento imenso, abrindo portas para inovações que nem imaginávamos, e o impacto que isso terá na reabilitação é algo que mal posso esperar para ver.
É sobre trazer a nossa voz para o centro da ciência e garantir que a funcionalidade e a qualidade de vida sejam sempre prioridade. Tenho certeza que muitos de vocês também sentirão essa mesma paixão ao mergulhar nesse universo.
Então, que tal desvendarmos juntos esse caminho promissor e entender como a participação dos terapeutas ocupacionais em ensaios clínicos está redefinindo o futuro da saúde e da reabilitação?
Vamos descobrir todos os detalhes a seguir!
Desvendando um Novo Horizonte: A Essência do Terapeuta Ocupacional nos Ensaios Clínicos

Mais do que Medir: O Olhar Holístico na Avaliação
Ah, pessoal, se tem uma coisa que aprendi em todos esses anos de prática é que o nosso olhar como terapeutas ocupacionais é simplesmente insubstituível.
No universo dos ensaios clínicos, onde muitas vezes o foco recai sobre métricas muito específicas e quantificáveis de doenças ou lesões, a gente entra com a perspectiva da vida real.
Eu me lembro de um estudo sobre uma nova medicação para artrite reumatoide. Os médicos estavam focados nos níveis inflamatórios e na dor, o que é importantíssimo, claro.
Mas quando a gente, os terapeutas ocupacionais, chegou na equipe, começamos a perguntar: “Ok, mas a pessoa consegue segurar uma xícara de café sem derramar?
Ela consegue se vestir sozinha? Preparar uma refeição?”. Essas perguntas, que para nós são tão básicas e fazem parte do nosso dia a dia, para a equipe de pesquisa eram um novo universo.
Essa capacidade de ir além do sintoma e ver o impacto na participação em atividades significativas é o que nos torna tão valiosos. Não estamos lá apenas para medir a dor em uma escala de 0 a 10; queremos saber se essa dor impede a pessoa de brincar com os netos ou de trabalhar.
Essa é a nossa grande contribuição, e eu sinto um orgulho enorme de ver a gente ocupando esse espaço. É a garantia de que os resultados da pesquisa terão um eco direto na qualidade de vida das pessoas.
A Experiência Diária Transformando Protocolos
E não é só na avaliação, viu? A nossa experiência clínica, aquela que a gente adquire no contato diário com os pacientes, é uma mina de ouro para a concepção dos próprios protocolos de pesquisa.
Pensem comigo: quem melhor do que nós para entender as nuances das adaptações necessárias no ambiente, as dificuldades reais na execução de uma tarefa, ou as barreiras que uma pessoa com deficiência enfrenta no dia a dia?
Eu já participei de reuniões onde um protocolo inicial era muito “engessado”, pedindo para os participantes realizarem tarefas em um ambiente completamente artificial.
Eu lembro de ter levantado a mão e dito: “Gente, na vida real, a pessoa não vai fazer isso numa sala estéril, ela precisa cozinhar na cozinha dela, com os utensílios dela, com as distrações do dia a dia!”.
Essa intervenção, baseada na minha experiência prática, ajudou a equipe a redesenhar as tarefas avaliadas, tornando-as muito mais ecológicas e relevantes para os participantes.
Isso não só aumenta a validade externa do estudo, ou seja, o quanto os resultados se aplicam ao mundo real, mas também torna a participação no ensaio muito mais significativa para quem está recebendo a intervenção.
A gente traz a vivência do consultório para o rigor científico, e isso é poderoso.
Minhas Primeiras Imersões e os Desafios Superados na Pesquisa
A Curva de Aprendizagem e a Necessidade de Adaptar
Confesso que, quando comecei a me aventurar no mundo da pesquisa clínica, senti um friozinho na barriga. Era um universo de siglas, estatísticas complexas e uma linguagem científica que, a princípio, parecia distante do meu dia a dia de atendimento.
Eu me lembro de ler artigos e me sentir um pouco perdida no meio de termos como “randomização estratificada” ou “análise de covariância”. A curva de aprendizagem foi real, e não vou mentir, teve momentos em que pensei: “Será que eu realmente pertenço a este lugar?”.
Mas aí eu me lembrava da importância do nosso trabalho, da voz que a gente pode dar aos nossos pacientes dentro da ciência, e isso me impulsionava. Tive que me adaptar, estudar muito, fazer cursos online sobre metodologia científica e estatística básica.
E o mais importante, tive que aprender a “traduzir” a nossa prática clínica para uma linguagem que os outros pesquisadores pudessem entender. Por exemplo, em vez de falar sobre “terapia da mão”, eu comecei a descrever as intervenções em termos de “melhora da destreza fina para atividades de vida diária” ou “aumento da força de preensão para manipulação de objetos”, com dados e justificativas mais científicas.
Foi um processo de muita dedicação, mas cada pequena vitória, cada insight que eu conseguia trazer para a mesa de pesquisa, me mostrava que valia a pena.
Construindo Pontes com Outras Disciplinas
Um dos aspectos mais fascinantes, e ao mesmo tempo desafiadores, dessa jornada é a colaboração interprofissional. Nos ensaios clínicos, a gente trabalha lado a lado com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, estatísticos e até mesmo engenheiros.
No início, percebi que havia uma certa desconexão, sabe? Cada um com sua própria “bolha” de conhecimento. Lembro-me de uma vez em que um médico estava descrevendo os desfechos esperados de uma nova órtese para o punho, focado principalmente na recuperação da amplitude de movimento.
Eu, com todo o respeito, intervim e disse: “Doutor, a amplitude é fundamental, claro. Mas para a Dona Maria, o que vai realmente fazer a diferença é se ela consegue voltar a tricotar, ou se ela vai conseguir segurar a neta no colo novamente.” A partir dessa conversa, percebemos que precisávamos integrar mais as perspectivas.
Eu aprendi muito sobre a fisiologia e a patologia com os médicos, e eles, por sua vez, começaram a valorizar mais as escalas de funcionalidade e participação que nós terapeutas ocupacionais usamos.
Essa troca é enriquecedora demais! É como construir uma ponte, peça por peça, onde cada disciplina traz um material diferente, mas essencial, para que a estrutura final seja robusta e completa.
É nesse intercâmbio que a ciência avança de verdade, com uma visão mais ampla e humana.
Por Que Nossa Visão Prática é o Elo Que Faltava na Ciência?
Entendendo o Impacto Real nas Atividades Diárias
Sempre defendi que nós, terapeutas ocupacionais, temos um “superpoder”: a capacidade de enxergar o mundo através das atividades diárias das pessoas. Enquanto outros profissionais de saúde podem focar na doença, na lesão ou na deficiência em si, nosso olhar se volta para como tudo isso impacta o fazer, o ser e o pertencer de um indivíduo.
Em um ensaio clínico, isso se traduz em uma diferença brutal. Lembro de um estudo sobre uma nova cirurgia para lesões da medula espinhal. Os resultados cirúrgicos eram promissores, mas muitos pacientes ainda lutavam para realizar tarefas básicas como comer, vestir-se ou tomar banho de forma independente.
Era aí que a gente entrava. Nosso questionamento era: “Será que a melhoria na função motora isolada realmente se traduz em maior independência e participação na vida?” E muitas vezes, a resposta não era um “sim” automático.
Nossa visão garantia que os desfechos do estudo não ficassem apenas na teoria ou em testes de laboratório, mas se conectassem diretamente com a capacidade de uma pessoa viver a vida que deseja.
É a diferença entre ter um braço que se move e ter um braço que te permite abraçar alguém, trabalhar ou se alimentar. Isso é o que nos torna esse elo essencial, o elo que transforma dados brutos em histórias de vida.
A Importância da Funcionalidade no Design de Estudos
E essa nossa perspectiva vai além da avaliação; ela deve moldar o próprio design do estudo. Se um ensaio clínico está testando uma nova intervenção para idosos com demência, por exemplo, não basta apenas medir a função cognitiva com testes padronizados.
Nós, terapeutas ocupacionais, insistimos que é vital observar como essa intervenção afeta a capacidade do idoso de se orientar em casa, de interagir com a família, de realizar hobbies.
Eu já vi estudos serem completamente repensados depois que a nossa equipe apresentou dados sobre a funcionalidade e o engajamento dos participantes em atividades significativas.
Conseguimos convencer os pesquisadores a incluir desfechos primários relacionados à participação social e à qualidade de vida percebida pelos próprios pacientes e seus cuidadores, algo que inicialmente não estava previsto.
Essa mudança de paradigma, de focar apenas no que o corpo não faz para focar no que a pessoa *pode* e *quer* fazer, é a nossa grande bandeira. É garantir que a ciência não esqueça o propósito final: melhorar a vida real das pessoas.
Os Benefícios Visíveis e Invisíveis de um T.O. no Ensaio Clínico
Melhoria na Qualidade de Vida como Desfecho Principal
Uma das maiores alegrias de ver o terapeuta ocupacional inserido em ensaios clínicos é testemunhar a qualidade de vida se tornando um desfecho cada vez mais central.
Antes, muitos estudos se contentavam em mostrar que uma doença havia regredido ou que uma função física havia melhorado. Mas, será que isso significava que a pessoa estava realmente vivendo melhor?
Nem sempre. Com a nossa participação, a gente empurra a pesquisa para ir além. Eu me lembro de uma senhora que participou de um ensaio para uma nova prótese de joelho.
Os resultados ortopédicos eram excelentes, mas ela ainda se sentia isolada porque não conseguia voltar a dançar com o marido, uma paixão que eles tinham há décadas.
Foi aí que entramos, e nosso trabalho, focado na adaptação e no treino de atividades significativas, ajudou a equipe de pesquisa a entender que “sucesso” não era apenas andar sem dor, mas voltar a viver plenamente.
Essa visão mais ampla impacta não só a forma como os estudos são conduzidos, mas também como os tratamentos são percebidos e aplicados no futuro. É sobre adicionar humanidade à ciência.
Aumento da Adesão e Engajamento dos Participantes

Outro benefício, que é invisível à primeira vista mas crucial para o sucesso de qualquer pesquisa, é o aumento da adesão e do engajamento dos participantes.
Ninguém gosta de se sentir como um número ou um objeto de estudo, certo? Nós, terapeutas ocupacionais, temos uma habilidade natural para criar conexões e para fazer com que as pessoas se sintam compreendidas e valorizadas.
Quando um participante de um ensaio clínico percebe que a equipe está genuinamente interessada em como a intervenção afeta sua capacidade de realizar atividades significativas, e não apenas em seus exames laboratoriais, a motivação para continuar no estudo aumenta exponencialmente.
Eu já vi isso acontecer muitas vezes! As pessoas se sentem mais à vontade para relatar dificuldades reais, para dar feedback sobre a aplicabilidade da intervenção no seu dia a dia.
Isso não só melhora a retenção no estudo, evitando perdas de dados valiosos, mas também garante que os dados coletados sejam mais ricos e verdadeiros.
É como se a gente injetasse um pouco de calor humano no rigor científico, e isso faz toda a diferença para o paciente e para a validade da pesquisa.
| Aspecto | Ensaios Clínicos Tradicionais | Ensaios Clínicos com T.O. Integrado |
|---|---|---|
| Foco Principal | Redução de sintomas, parâmetros biológicos e funcionais básicos (força, amplitude). | Impacto funcional, participação social, qualidade de vida, autonomia em atividades significativas. |
| Avaliação | Medidas objetivas de doença/lesão, testes de laboratório, escalas de dor/sintomas. | Análise de atividades diárias (AVDs, AVDIs), contextos de vida, avaliação de desempenho ocupacional. |
| Desenvolvimento da Intervenção | Baseado em mecanismos fisiopatológicos, farmacológicos ou cirúrgicos. | Baseado em necessidades funcionais e ocupacionais do paciente, adaptações ambientais, treino de habilidades. |
| Engajamento do Participante | Pode ser desafiador, foco na conformidade com o protocolo. | Maior adesão devido à relevância da intervenção para a vida diária e ao cuidado centrado na pessoa. |
Como Impulsionar a Carreira e o Impacto como Terapeuta Ocupacional Pesquisador
Formação Contínua e Redes de Colaboração
Para os colegas que estão lendo e sentindo essa chama da pesquisa acender, a primeira dica que eu dou é: invistam em formação contínua e, mais importante ainda, na construção de redes de colaboração.
O universo da pesquisa está em constante evolução, e a gente precisa se manter atualizado não só na nossa área, mas também em metodologia científica, estatística básica e ética em pesquisa.
Eu, por exemplo, faço questão de participar de congressos não só de Terapia Ocupacional, mas também de áreas como neurologia, reumatologia ou geriatria, dependendo do meu foco de pesquisa.
Isso abre a mente e nos conecta com profissionais de outras áreas que podem se tornar parceiros em futuros projetos. E sobre a rede de colaboração, essa é a chave de ouro!
Busquem mentores, colegas que já estão na pesquisa e que podem guiar os primeiros passos. Participem de grupos de pesquisa em universidades, mesmo que seja como voluntário no início.
Lembro que meus primeiros contatos foram assim, em projetos menores, e foi ali que aprendi o “chão de fábrica” da pesquisa, o que não se aprende nos livros.
Essas conexões podem abrir portas para grandes projetos e para a troca de conhecimentos que impulsionam a nossa carreira e o nosso impacto. Não subestimem o poder de um bom café com um pesquisador experiente!
Desvendando Oportunidades em Universidades e Indústrias
As oportunidades para terapeutas ocupacionais na pesquisa são mais variadas do que muitos imaginam. Não se restrinjam apenas ao ambiente universitário, embora seja um excelente ponto de partida.
Sim, as universidades são o berço da pesquisa, com seus laboratórios e programas de pós-graduação, e lá a gente pode desenvolver projetos acadêmicos e consolidar nossa expertise.
Mas, pensem também na indústria! Com o avanço da tecnologia e o foco crescente em soluções assistivas, empresas que desenvolvem órteses, cadeiras de rodas, dispositivos de comunicação aumentativa ou até mesmo aplicativos de saúde estão cada vez mais buscando profissionais como nós para validar seus produtos, participar do design e garantir que eles sejam funcionais e acessíveis.
Eu tive a chance de colaborar com uma empresa que estava desenvolvendo um novo software de reabilitação virtual, e a nossa visão foi crucial para tornar a interface mais intuitiva e as atividades propostas mais significativas para os usuários.
Além disso, ONGs e centros de reabilitação de grande porte também podem ter seus próprios departamentos de pesquisa, focados em soluções inovadoras para suas populações específicas.
É uma aventura descobrir onde a nossa expertise pode brilhar e fazer a diferença.
O Legado que Estamos Construindo: Um Futuro Mais Humano para a Saúde
Transformando a Reabilitação em Nível Global
Quando olho para o futuro e vejo a crescente participação dos terapeutas ocupacionais em ensaios clínicos, não consigo evitar um sentimento de otimismo profundo.
Estamos construindo um legado que vai muito além das paredes de um consultório ou de um laboratório. Estamos contribuindo para transformar a reabilitação em nível global, garantindo que as futuras intervenções e tecnologias sejam verdadeiramente centradas na pessoa e em suas necessidades ocupacionais.
Pensem no impacto que isso terá! Uma pesquisa que antes se focava apenas na recuperação de um músculo, agora se preocupa em como essa recuperação afeta a capacidade de um agricultor voltar ao seu campo de trabalho, ou de uma criança com paralisia cerebral conseguir interagir com seus brinquedos.
É uma mudança de paradigma que, com a nossa voz ativa na pesquisa, está se solidificando. Me emociona pensar que, através de cada estudo, estamos não só validando novas terapias, mas também elevando o padrão de cuidado, fazendo com que a funcionalidade e a qualidade de vida sejam vistas como desfechos tão importantes quanto a cura da doença em si.
É a garantia de que a ciência nunca perderá de vista o ser humano por trás dos números.
De Pesquisador a Defensor da Vida Real
E, por fim, ser um terapeuta ocupacional pesquisador é, para mim, uma extensão do nosso papel como defensores da vida real. Não basta apenas aplicar o conhecimento; precisamos gerá-lo, questioná-lo e moldá-lo.
Ao nos inserirmos nos ensaios clínicos, não estamos apenas contribuindo com dados; estamos defendendo a perspectiva de que a saúde é muito mais do que a ausência de doença.
É a capacidade de participar, de se engajar, de ter autonomia e propósito. É defender que uma intervenção só é realmente eficaz se ela se traduz em maior independência para as atividades que importam para o indivíduo.
E essa defesa se estende para além do estudo, influenciando políticas de saúde, diretrizes de tratamento e a forma como a sociedade enxerga a reabilitação.
Lembro de uma vez que apresentei resultados de um ensaio clínico em um congresso e percebi o quanto a nossa abordagem estava sendo inovadora. Vi colegas de outras profissões se aproximarem, curiosos para entender como poderiam incorporar mais a perspectiva ocupacional em suas próprias pesquisas.
Isso me mostrou que estamos não só fazendo a diferença, mas também inspirando outros a verem a saúde de uma forma mais completa e humana. É um caminho árduo, sim, mas recompensador em cada passo.
Para Finalizar
E aí, pessoal! Chegamos ao fim de mais uma conversa que me enche de orgulho em compartilhar. Como viram, a atuação do terapeuta ocupacional em ensaios clínicos não é só um detalhe, é uma peça fundamental para garantir que a ciência, no seu rigor, não perca de vista o que realmente importa: a vida das pessoas, a capacidade de realizar o que amam e de viver com propósito. É o nosso olhar único que traz a humanidade para a pesquisa, transformando números em histórias de superação e funcionalidade. Espero de coração que este post tenha inspirado muitos de vocês a explorar esse universo incrível e a levar a nossa paixão por transformar vidas ainda mais longe!
Informações Úteis para Você
1. Busque por associações profissionais de Terapia Ocupacional em seu país, como a ABRATO no Brasil ou a APTO em Portugal, para encontrar recursos, cursos e oportunidades de networking na área de pesquisa.
2. Invista em cursos e workshops sobre metodologia científica e estatística básica. Existem muitas opções online e presenciais que podem te dar a base para entender e participar de projetos de pesquisa.
3. Considere entrar em contato com grupos de pesquisa em universidades. Mesmo que comece como voluntário, a experiência prática é fundamental para aprender os desafios e as recompensas da pesquisa clínica.
4. Desenvolva habilidades de comunicação para “traduzir” a linguagem clínica para a científica e vice-versa, facilitando a colaboração interprofissional e a compreensão do seu valor na equipe de pesquisa.
5. Fique de olho em periódicos científicos da área de Terapia Ocupacional e saúde em geral. Ler artigos é uma ótima forma de se manter atualizado sobre as tendências e identificar potenciais lacunas de pesquisa onde sua expertise pode ser valiosa.
Pontos Chave para Levar
Nossa jornada nos ensaios clínicos nos mostra que a Terapia Ocupacional é a ponte essencial entre a rigorosa investigação científica e o impacto real na vida das pessoas. Nossa capacidade de focar na funcionalidade, na participação em atividades significativas e na qualidade de vida transforma a maneira como os estudos são desenhados e interpretados. O terapeuta ocupacional é fundamental para garantir que os resultados da pesquisa não fiquem apenas no papel, mas se traduzam em melhorias tangíveis para a autonomia e o bem-estar dos pacientes. É a nossa experiência diária, nossa expertise em ocupação humana e nossa paixão por cada indivíduo que conferem autoridade e confiabilidade à pesquisa, promovendo um futuro mais humano para a saúde.
Perguntas Frequentes (FAQ) 📖
P: Afinal, qual é o papel específico de um terapeuta ocupacional nos ensaios clínicos? Eles não são mais voltados para médicos e enfermeiros?
R: Essa é uma dúvida super comum, e que bom que você perguntou! Muita gente ainda associa ensaios clínicos apenas a médicos e enfermeiros, mas a verdade é que o papel do terapeuta ocupacional é não só importante, mas essencial e cada vez mais reconhecido nessa área.
Pelo que tenho observado e estudado, nós, terapeutas ocupacionais, trazemos um olhar único e holístico para o ensaio clínico. Não estamos lá apenas para administrar medicamentos ou monitorar sinais vitais – nossa expertise está na avaliação do desempenho ocupacional do participante, ou seja, como a doença ou a nova intervenção afeta suas atividades diárias, seu trabalho, seu lazer, suas interações sociais e sua qualidade de vida como um todo.
Pense comigo: de que adianta um novo tratamento ser eficaz em exames laboratoriais se ele não melhora a capacidade da pessoa de escovar os dentes, preparar uma refeição ou voltar a trabalhar?
É exatamente aí que entramos! Nós avaliamos a funcionalidade, identificamos barreiras e propomos adaptações, ou seja, somos a ponte entre a teoria e a prática, garantindo que o que está sendo pesquisado realmente faça a diferença na vida real do paciente.
Além disso, podemos atuar na elaboração de protocolos que incluam avaliações de desempenho ocupacional e na coleta de dados qualitativos, que são riquíssimos para entender a experiência do paciente durante o ensaio.
Para mim, essa é uma oportunidade incrível de mostrar o valor da nossa profissão e como podemos contribuir de forma decisiva para a validação de novas terapias!
P: Quais são os principais benefícios da participação de terapeutas ocupacionais em ensaios clínicos, tanto para a pesquisa quanto para os pacientes?
R: Ah, os benefícios são muitos e, na minha opinião, transformadores! Para a pesquisa clínica, ter terapeutas ocupacionais na equipe significa que os resultados terão uma dimensão muito mais completa e centrada no paciente.
Não se trata apenas de dados biomédicos, mas de entender o impacto real de uma nova intervenção na vida das pessoas. Nossa participação pode levar à identificação de melhorias funcionais que talvez não fossem capturadas por outros profissionais, garantindo que a eficácia do tratamento seja medida não só pela melhora dos sintomas, mas pela retomada da participação em atividades significativas.
Para os pacientes, os benefícios são ainda mais diretos e palpáveis. Primeiro, eles recebem uma avaliação e acompanhamento mais abrangentes, focados não apenas na doença, mas em como ela afeta seu dia a dia.
Isso pode levar a um suporte mais individualizado, com estratégias para manter a independência e a autonomia, mesmo durante o período do estudo. Já vi casos em que a presença do terapeuta ocupacional fez toda a diferença, ajudando o participante a lidar com os desafios do tratamento e a se adaptar a novas rotinas.
Além disso, ao contribuirmos para o desenvolvimento de novas terapias, estamos, indiretamente, melhorando a qualidade de vida de futuras gerações de pacientes.
É um ciclo virtuoso, onde a nossa experiência clínica alimenta a pesquisa, e a pesquisa, por sua vez, aprimora a nossa prática.
P: Como um terapeuta ocupacional pode se inserir nesse universo dos ensaios clínicos? Existe alguma área específica ou caminho a seguir para quem tem interesse?
R: Que pergunta maravilhosa! Sinto que estamos vivendo um momento de expansão e reconhecimento da nossa profissão, e os ensaios clínicos são, sem dúvida, uma das fronteiras mais promissoras.
Para quem se interessa, o caminho pode começar pela busca de especialização em áreas que têm forte interface com a pesquisa, como neurologia, gerontologia, saúde mental ou reabilitação física, pois são campos com muitos estudos em andamento.
A pesquisa em si, tanto qualitativa quanto quantitativa, é uma habilidade fundamental que podemos desenvolver ainda na graduação ou através de pós-graduações.
Além disso, buscar contato com universidades, hospitais de pesquisa e empresas farmacêuticas que realizam ensaios clínicos é um excelente ponto de partida.
Muitas vezes, a colaboração começa em projetos menores, com a avaliação de desfechos relacionados à funcionalidade e qualidade de vida, para depois evoluir para uma participação mais integral.
Frequentar congressos, workshops e cursos sobre pesquisa clínica também é crucial para se manter atualizado e fazer networking. Pelo que tenho percebido, a demanda por profissionais com nossa visão é crescente, e o futuro nos reserva um espaço cada vez maior na construção de uma saúde mais humana e baseada em evidências.
É um desafio e tanto, mas a recompensa de saber que estamos contribuindo para inovações que transformam vidas é algo que me move todos os dias!






